segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Avatar é tudo aquilo...e mais um pouco!


Falar aqui da maravilha visual que é Avatar é chover no molhado. O filme é absurdamente lindo e nos faz mergulhar por quase 3 horas no mundo maravilhoso e brilhante de Pandora. Saí do cinema impressionado com o poder que o filme tem de trazer o espectador para dentro daquele planeta (acho que o 3D ajudou um pouco também).
O que vale a pena falar sobre esse filme é da metáfora usada por James Cameron para trazer a realidade da ganância dos EUA para as telonas. Invertendo a lógica de invasões interplanetárias, sendo os humanos os intrusos e os Na'vi (os habitantes de Pandora) os que são hostilizados pelos invasores, Cameron mostra que a ganância não é apenas da sua terra natal, mas sim que está em nós. Nossa busca pelo poder e riqueza é incessante, mesmo que seja preciso matar algumas milhares de pessoas durante o processo.
O filme de Cameron deixa bem claro que a força militar que está invadindo pandora é dos EUA. O planeta de Pandora é regido por uma força comum entre seus habitantes e a floresta. Uma espécie de Deus, que eles chamam de Eywa. Óbviamente o US Army não leva Eywa em consideração quando passa por cima de tudo. Para eles, é só um bando de selvagens louvando alguma besteira. No caso é Eywa, mas também poderia ser Alá.
Uma cena muito interessantes do filme é quando o personagem principal posta em seu videolog uma mensagem de descrença da missão, dizendo que os nativos não trocariam suas crenças tão fortes e solidificadas por "cerveja ou calça jeans". Os soldados americanos no Iraque que o digam.
Essa questão do filme poderia ser facilmente adaptada à qualquer outra invasão da história, e é aí que Avatar é realmente legal. Cameron mistura a tecnologia militar lutando contra uma espécie de índio selvagem. De arco e flecha e tudo. Poderíamos fazer uma analogia não somente aos EUA, mas também aos espanhóis chegando à América. Os Ingleses na Escócia. E assim por diante.
Outra questão genial no filme é a vivência antropológica pela qual Jake Sully passa. Apesar de fazer parte de um grupo que só estava interessado em fazer o máximo de lucro possível com as riquezas locais, destruir o que fosse preciso e jamais pensar na questão da alteridade, Sully passa a ser um deles pela sua vivência com o grupo. Ele vive uma espécie de antropólogo (pois está junto ao Na'vi para estudá-los) que esquece quem é. Nisso Cameron nos faz pensar um pouco mais antes de ver um muçulmano na televisão e achar que todo aquele povo é "doido e ficam se explodindo por aí".
As cenas do povo Na'vi fugindo após os ataques do exército americano, com pessoas feridas, levando crianças moribundas no colo, poderia ser substituída por qualquer cena  de pessoas fugindo após ataques israelense na palestina, ou algo que o valha. (Me veio a última cena de Valsa com Bashir na cabeça).
Avatar também trata da questão ecológica. Como nós, os não selvagens, perdemos nosso contato e nosso respeito ao nosso planeta, que é o nosso único "deus" palpável.
Tem tudo isso e muito mais. Vários aspectos a serem pensados e, isso tudo, divertindo. Do começo ao fim.
Tem mocinho. Tem mocinha. Tem bandido com cara de mal. Tem tudo que um bom filme tem que ter para nos divertir (e fazer pensar)

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

Filmes de 2009


Bom, tá na hora de fazer comentários sobre alguns filmes de 2009, né? Vou colocar aqui uma breve lista e com alguns comentários, sobre alguns filmes que mereceram destaque (bom ou ruim) esse ano. Provavelmente vou esquecer de algum, então, me ajudem.

Os Abraços Partidos - O novo filme de Almodóvar é bom, mas está muito aquém do que a gente espera dele. Todo o drama do filme gira em torno de uma coisa pouco comovente, diferente do Fale Com Ela, por exemplo. Vale a pena ver, mas mais pelo respeito ao cineasta.

Anticristo - Esse foi um dos filmes que mais me perturbou esse ano. Foi de sair do cinema com várias perguntas, dúvidas e aquela sensação de "será que foi isso mesmo que eu vi?". Além da polêmica que o filme causou, o diretor Lars Von Trier ajudou a aumentar o fato com suas declarações.

Avatar - Ainda não vi, mas tenho certeza que vou gostar. Não vou comentar, e deixo vocês com os comentários da Vivian alguns post abaixo.

Bruno - O Borat gay não é tão engraçado quanto o Borat, mas ainda assim, é muito engraçado.

Budapeste - Decepcionou um pouco. O livro do Chicão (Buarque, para quem não é íntimo) é sensacional, mas a adaptação para o cinema deixou um pouco a desejar. O destaque do filme é o Leonardo Medeiros, que é um baita ator!

Bastardos Inglórios - Aaaah! "Au uri ve derti!". Sem dúvida um dos filmes que mais me divertiu na telona esse ano. Tarantino voltou à boa forma no Inglorious. Filmaço!

Distrito 9 - Aquilo que eu falei lá atrás, né? O filme começa bem e vai despencando, até chegar a ser um filme de ação. Um bom filme de ação, mas nada que mude sua vida.

Harry Potter e o Enigma do Príncipe - Mais um do bruxo e esse está realmente bom! Vou falar o que? Gosto de Harry Potter, uai! Aguardo ansiosamente os próximos!

Up - Melhor animação de 2009, sem dúvida.

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Aqui uma listinha de filmes de 2009 que eu ainda não vi, mas não passa de janeiro de 2010

500 Dias Com Ela - Tenho QUASE certeza de que não vou gostar desse filme. Parece um daqueles filmezinhos querendo ser pop/indie/cult, mas posso estar enganado. Já estive com o Pequena Miss Sunshine. E eu não me importo em ver a Zooey Deschannel por duas horas.

Moon - Um dos filmes que eu mais quis ver esse ano, não chegou ao Brasil ainda (deve estrear ano que vem, com o nome de Lunar) e eu não baixei da internet. Devo fazer isso hoje. Espero para ver um filme com o Sam Rockwell no papel principal. Esse cara é muito bom!

É Proibido Fumar - Estão falando bem. Tem o Paulo Miklos e é da diretora do Durval Discos (que é deprimente), mas estão falando que é bom. Vamos ver no que dá.

Eu Te Amo, Philip Morris - Ainda não está no Brasil. Aguardo ansiosamente por esse.

Julie e Julia - Ainda não vi por puara preguiça. Não passa de janeiro!

O Fantástico Sr. Raposo - Wes Anderson SEMPRE é bom. E esse não vai ser diferente!

The Boat That Rocked - Deve chegar ao Brasil com o título panaca de "Os Piratas do Rock". Deve ser, no mínimo, divertido.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Brittany Murphy - 1977 - 2009


Morreu ontem (20 de Dezembro de 2009) a atriz Brittany Murphy, de apenas 32 anos. É uma pena...Extremamente nova, e de certo forma talentosa. A morte da moça foi quase tão bizarra quanto à de Heath Ledger.
Ela não chegou a ser a atriz principal em nenhum grande filme, mas participou de filmes bons como Sin City e Garota Interrompida.
Fica aqui a recordação do CINEV²

sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

James Cameron me deixou na rua!!


Ontem fui a premiére do Avatar e esqueci de um detalhe: os filmes do James Cameron não têm menos do que 3 hrs. E este não é diferente. Resultado: perdi o metrô, cheguei em casa 1:30h da manhã, mas tudo bem! Cheguei inteira.

Bom, eu não sou nenhum pouco fã de filmes de ficção científica e até ontem, para mim Avatar era alguma coisa geek, de RPG...ou algo parecido.

E não é que o filme é legal!!

Há rumores de que este é o filme mais caro da história, dizem que foi gasto meio bilhão de dólares e é bem fácil de acreditar nisso. Eu li em algum lugar que foi criada uma tecnologia nova para captar as expressões dos atores e transferir para seus os personagens computadorizados e deu bem certo! Eles são super expressivos, seus movimentos são fluidos. Os efeitos são incríveis.

Para não falar demais e estragar o filme, eu vou colar uma sinopse.

“A trama acompanha a rotina de uma base militar em Pandora, cujo clima é letal para humanos, que, apesar disso, querem extrair as reservas biológicas do local. Para isso, desenvolvem um experimento que mistura o código genético humano ao dos extraterrestres num corpo híbrido, o tal avatar.

Jake Sully (Worthington) é um fuzileiro naval que ficou paraplégico em serviço e que, ao perder o irmão e a esperança, se alista no programa de avatares, chefiado pela médica Grace Augustine (Sigourney Weaver). Com a consciência relocada num corpo supercapacitado, Jake vai funcionar como ponte entre os Na'Vi e os humanos. Mas, uma vez Na'Vi, ele não consegue resistir ao código de ética daquele povo, que luta para preservar sua biodiversidade, a ponto de considerá-la sagrada.

Pelos olhos de Sully, o espectador vai caindo de amores pelas florestas luxuriantes, dotadas de um colorido quase lisérgico, pelas criaturas só vistas em filmes de aventura e pela força da princesa Neytiti (Zoe Saldaña), com quem ele se envolve.”

O interessante do filme é que o fio condutor da história não é uma invasão alienígena na Terra – nos Estados Unidos mais precisamente – mas são os humanos que são intrusos em Pandora. Um planeta que parece uma floresta tropical, só que mais exótica. Neste planeta há uma raça humanóide, os Na’vi. Alias, o James Cameron toma muitooo ácido...muito mesmo! Os anos 70 devem ter sido incríveis para ele.

Mas voltando, o problema todo começa com uma empresa que faz o que tiver que ser feito para conseguir o “unobitanium” (sei lá como se escreve isso), algo extremamente valioso. Contratam mercenários, utilizam armas pesadas contra o povo local... Parece familiar?


O filme também pode ser entendido como uma revanche dos índios americanos, que em épocas passadas lutaram com arcos e flechas contra as armas de metais dos brancos colonizadores.


O filme vale a pena! Mas coma algo antes de ir para o cinema, não espere sobreviver as 3 hrs apenas de pipoca. Vá à tarde ou vá de carro à noite ou o James Cameron também te deixará na rua.

domingo, 13 de dezembro de 2009

La Cucina!

Ó, faz o seguinte: olha alí minha lista de 5 filmes favoritos. Viu? Tá variável, não tá? Pois bem, esse "variável" vale para os últimos 4 filmes, e não vale para o Godfather. Esse é e sempre será meu filme favorito.
Acontece que hoje não vou falar do filme, pq senão ficaria horas, mas vou fugir um pouco do assunto do blog para falar de um restaurante.
Hoje fui ao restaurante Mafiusi. Cheguei lá e já vi que as letras da fachada estavam escritas na mesma fonte do Godafther. Achei legal. Quando entrei, me deparei com um lugar TOTALMENTE decorado com temas do filme. Logo na entrada tem uma linda foto do Dom Vito com seus filhos, Sonny, Michael e Fredo. O resto do restaurante também é muito bem decorado com outras fotos do filme e, como se já não fosse bom o suficiente, têm duas TV's passando os filmes e a trilha sonora fica tocando de fundo. Simplesmente demais!
O lugar é bem discreto e seria até mesmo ideal para matar o "turco" Sollozzo! Só não vi se no banheiro a descarga era daquelas de puxar a cordinha e se era possível esconder uma arma alí.
Quanto à comida, tbm não tem o que falar mal! Maravilhosa. E o melhor, por um preço MUITO convidativo. Mas quanto à culinária, vou deixar minha amiga Fernanda falar, pq ela entende bem mais do que eu.

Entrem no site e confiram. Para quem gosta do filme, vale muito a pena visitar!

E confiram algumas fotos aí embaixo:










segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Coco Antes de Chanel




Depois de um retiro espiritual, estou de volta!

Eu já havia lido algumas coisas, mas não conhecia bem a história do lendário ícone da moda que revolucionou a forma de vestir, libertou a mulher do famigerado espartilho, criou as primeiras calças femininas, cortou o cabelo curto – eu poderia citar mais um milhão de coisas...Aliás, todas nós agradecemos por essas mudanças.
Coco Antes de Chanel não é apenas sobre suas incríveis criações, mas sobre a fantástica mulher que, numa sociedade conservadora e repressora, sai da condição miserável de órfã (de mãe) abandonada (pelo pai) para fundar um império.
O filme começa em 1893, quando Coco é deixada no orfanato. É com as freiras desse lugar que aprende a costurar. Mais tarde, com seus 20 e poucos anos começa a trabalhar como costureira de dia e num cabaré à noite. É lá que conhece Balsan, com que passa a viver. Através dele conhece Arthur “Boy” Capel, seu grande amor e será ele quem a ajudará a montar sua primeira loja.
Vou parar de escrever agora ou contarei o filme inteiro. Assistam e depois comentem aqui.
Tenho apenas uma crítica, poderiam ter dado um pouco mais de ênfase a contribuição de Coco para emancipação feminina - na qual a abolição do espartilho foi dos símbolos.
Mas no geral é um bom filme!!
Ah! Nem preciso falar que Audrey Tatou manda muitíssimo bem! Por mim...Oscar para ela!!

Ótima atuação + filme bem dirigido + porém biograficamente poderia ser melhor...nota 7,0

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Distrito - 9 decepciona...


Depois de todo o hype que fizeram em cima do filme, decidi assistir o Distrito 9. A verdade é que o filme decepciona. Bastante.
Não só pela expectativa que foi criada em volta do filme, mas também pelo desenrolar do filme, que começa muito bem, e depois vai despencando.
O filme começa contando em forma de documentário a chegada de alienígena ao nosso querido planeta terra. A nave chega à Johannesburgo (África do Sul) e lá fica pairando, até que forças do exército e da MNU (uma ONU fictícia do filme) invadem a nave e tiram os alienígenas de lá. Os alienígenas, que parecem muito o Dr. Zoidberg do Futurama, são alojados em uma espécie de gueto e vivem uma situação turbulenta com os humanos, que não aceitam a presença dos "camarões" (termo usado pejorativamente para se referir aos alienígenas)
A história se passa em torno de um agente da MNU, Wikus Van der Merwe, que recebe uma promoção no emprego e é encarregado de informar os aliens que eles deveriam ser transferidos do Distrito 9 para o Distrito 10, uma espécie de campo de concentração que manteria os camarões longe dos humanos.
Até essa parte, o filme é empolgante. O formato de falso-documentário deixa o filme interessante, principalmente durante as abordagens de Wikus, onde a câmera treme ao correr dos aliens, e etc.
O problema do filme começa quando Wikus é infectado por um líquido que um dos camarões estava produzindo como combustível para voltar à sua nave, e então, voltar ao seu planeta.
O contato com o líquido faz Wikus entrar em um processo de metamorfose, se tornando aos poucos um dos camarões. Sendo assim, ele vira objeto de desejo da MNU, de grupos contrabandistas de armas, etc, já que as armas alienígenas só funcionam com biotipos alienígenas, sendo inúteis para humanos.
A partir daí, o filme que estava muito interessante, começa a despencar.
A pretensa crítica social saí de cena e o que começa é um filme de ação. Um bom filme de ação, é verdade, mas sem nenhuma novidade.
Talvez a parte mais broxante do filme é quando Wikus, que é um tremendo de uma filho da puta durante o filme todo, tem seu momento de redenção, ajudando o camarão engenheiro da nave a ir embora com seu camarão filho.
Não é um filme totalmente descartável, mas também não merece nem 10% de todo o hype feito em cima dele. É um filme divertido, e só.
Muita coisa fica "em aberto" no filme. Não sabemos de que planeta vieram os camarões, não sabemos se conseguiram voltar, não sabemos se o camarão pai vem fazer uma missão de resgate...Distrito 10 deve vir aí....

(Sim, eu sei que 9 não é pq ele precede um Distrito 8....mas o "campo de concentração" para onde os camarões foram enviados se chama Distrito 10)


quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Joga pedra na Geni, joga bosta na Geni!


Na última quinta-feira, dia 22/10, aconteceu algo que mostra até que ponto chega a estupidez humana. O fato aconteceu em uma universidade, na Uniban, mais precisamente. Em uma universidade como a Uniban não esperamos encotnrar uma super concentração de gênios (com todo respeito), mas esperamos encontrar pessoas civilizadas, que estão cursando o ensino "superior" e etc.
Vamos aos fatos. Uma aluna da universidade ousou ir à aula vestindo um vestido curto. Muito curto, segundo os relatos. Alguns dizem que mal cobria as coxas da moça. Ao subir as escadas da universidade, os homens, numa demonstração de ocupação territorial para definir quem era o macho-alfa do local, começaram a provocar e falar obscenidades para a moça. Não tendo a atenção desejada, a cercaram e os insultos ficaram pior, seguidos até por ameaças de estupro. A moça do vestido curto então, saiu correndo para uma sala e lá se trancou. Logo uma multidão se aglomerou na porta e iam se juntando em um coro para ver a aberração que estava lá dentro. Aos poucos a multidão ia entonando um coro de 'puta! puta! puta! puta!".
A confusão só foi dispersada quando a polícia chegou e escoltou a moça (ainda sob o coro de "puta!") para fora do local, agora coberta com um avental de professor.
Vários vídeos pipocaram na internet mostrando esse caso de histeria coletiva. Os homens babavam de raiva por aquela "puta" não lhes dar atenção. As mulheres se viam alí vingadas, e riam da situação da "puta".
Para quem quiser conferir, a notícia está aqui:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL1358779-5605,00-ALUNA+COM+POUCA+ROUPA+PROVOCA+TUMULTO+EM+UNIVERSIDADE+E+VIDEO+CAI+NA+WEB.html.

Os videos não devem ser difícil de achar na internet.

Agora, vamos aos fatos. Não faz a menor diferença se a moça era ou não "puta", "garota de programa", "acompanhante", "meretriz", "profissional do sécsu", "atacante", ou qualquer termo que defina essa antiga profissão. A verdade é que, vimos aí um exemplo do comportamento onde um grupo de pessoas que têm moralismos baratos guardados desde o nascimento se afloram diante de um "inimigo" comum. Os "homens" (entre aspas, pq não podem ser chamados assim) viram alí sua virilidade afetada. Como aquela VADIA poderia ignora-lo? As moças recatadas, estudantes da Uniban e com um futuro brilhante, viram alí tudo o que mais desprezam em um sociedade, mas que têm vontade de fazer (e não coragem).

A moça do vestido curto foi então usada de cristo por um bando de pós-adolescentes, que mesmo esperando que tenham um comportamento adequado pelo status que vivem, mostraram ao ponto animalesco que podem chegar.

O que isso tem a ver com o blog? Primeiro, saindo um pouco da mídia que propomos tratar aqui, nos faz lembrar da música "Geni e o Zepelim" do Chicão Buarque.

A mocinha da Uniban, na visão daqueles estudantes, é feita para apanhar e boa de cuspir! Eles sim, pessoas exemplares e dignas, não podem viver com um lixo como uma pessoa que vai semi-nua à faculdade

E agora, no cinema, me fez lembrar de dois filmes.

Mais rapidamente, lembrei da cena do filme "Zorba, o Grego", em que a viúva que era desejada por todos os homens da cidade (e negava fogo a todos) é apedrejada após descobrirem que ela estava tendo um caso com um rapaz do vilarejo (o que desrespeitava seu luto)

E outro filme, que tem totalmente a ver com isso, é Dogville do diretor Lars Von Trier. E é um filme que está alí na listinha de filmes favoritos da minha colega de blog.

No filme, a personagem de Nicole Kidman vai parar em uma pequena vila, onde no começo é bem tratada, mas logo passa a ser o alvo de todas as frustrações dos moradores da vila. Estuprada pelos homens, feita de escrava pelas mulheres.

Recomendo altamente esse filme, apesar de precisar de um pouco de paciência para ver. É um filme de quase 3 horas (ou até mais que três horas) e totalmente sem cenário. O filme todo é passado em um tablado. Mas é só ter paciência, pq o filme vale MUITO a pena.

É engraçado que as pessoas tenham essa tendência totalitária. Junte um grupo, aponte um inimigo em comum, e pronto. Vc tem uma situação bizarra.



segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Persépolis


Aluguei Persépolis outro dia por pura curiosidade. Sempre via o cartaz no HSBC Belas Artes, mas nunca tinha realmente me interessado para ver o filme, apesar de o cartaz sempre ter me chamado a atenção pelo desenho bonito.
Estava na locadora e o vi lá e pensei "Pq não?". Foi assim que eu mergulhei na história dessa animação que é simplesmente maravilhosa!
O filme é beseado nos quadrinhos (ou no Graphic Novel, if you must) escrito pela escritora e ilustradora iraniana Marjane Satrapi.
Nessa história fazemos uma grande viagem pela vida da própria escritora, onde ela nos conta suas experiências de via, as pessoas com quem conviveu, os lugares onde morou, tudo sob o ponto de vista de uma mulher que teve um educação libertária em um país que sofreu uma revolução islâmica fundamentalista.
A história começa mostrando junstamente isso. Marjane é filha de uma família de classe média alta e teve uma educação laica e libertária, estudando sua infância em uma escola bilíngue (francesa). Após a revolução islâmica o país sofre gigantescas transformações. As escolas bilíngues são fechadas e a educação passa a ser fundamentalmente voltada para ensinar a moral islâmica. Marjane e todas as outras mulheres iranianas são obrigadas a usar o véu, além de outras proibições que terão que se acostumar para poder continuar vivendo no país.
Com o início da guerra do Irã x Iraque, seus país à mandam para a Europa, onde ela vive por aproximadamente 4 anos.
Em Vienna, Marjane é só mais uma estrangeira, que consegue alguns amigos mas não deixa de sofrer o grande preconceito por seu lugar de origem e sua religião.
Após esse tempo na Europa ela volta para o Irã, onde o regime está mais forte e rígido do que nunca, e lá ela é uma iraniana ocidentalizada vivendo sob regras que ela não consegue se adaptar.
É muito interessante ver essa dualidade que a personagem sofre e o contexto no qual a história de passa.
Como um atrativo maior, vale a pensa ver o filme pela beleza das animações, pelos diálogos divertidos dos personagens e até mesmo pela referências culturais feitas.
Gostei tanto do filme que acabi comprando o livro, que é igualmente sensacional!

Para quem quiser assistir ou quiser ler, é só clicar! ;)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Free Polanski!


Roman Polanski está atualmente preso na suiça por um crime que cometeu no ano de 1977. O crime? Praticou relações sexuais com uma menina de 13 anos, quando ele, na época, tinha 45.
Diz a lenda que Polanski teria drogado a garota para que pudesse ter relações sexuais com ela. Ok. Poder ser ou pode não ser.
Desde a acusação, o diretor franco-polaco fugiu dos EUA e se exilou na França, onde poderia viver livre da cadeia. Nesse período, mesmo com a impossibilidade de estar em Hollywood, ou seja, no centro do mundo cinematográfico, Polanski realizou grandes trabalhos e inclusive venceu o Oscar de melhor diretor em 2002 por "O Pianista". (Oscar que, óbviamente, não pode ser recebido na cerimônia)
Agora, 32 anos depois do acontecido, Roman Polanski é preso ao desembarcar na suiça para um festival de filmes. A polícia local afirmou que tinha um mandato de prisão para encarceirar o diretor.
A prisão de Polanski é certa ou é errada? Muitos devem concordar com o que aconteceu e, já que ele cometeu o crime, deve pagar pelo que fez. Mas ok, vamos analisar bem a situação.
 - O diretor foi preso 32 anos após o ocorrido. Quando foi preso, alegou-se que ele é perigoso para a sociedade e poderia cometer o crime novamente. Algo que não ocorreu em 32 anos.
- O diretor foi dito como foragido da polícia. Foragido??? Ele fez Tess, O Pianista, Oliver Twist escondido no buraco do Bin Laden? Todos sabem onde ele estava. Ele não estava e nunca esteve foragido.
- É uma prática comum um sentenciado ser libertado por "bom comportamento". Ok, você pode dizer "mas ele nunca cumpriu a pena", mas é certo não perdoar uma pessoa após 32 anos de um crime que a própria vítima pede para a justiça esquecer?
- Sim, a vítima é hoje uma senhora casada e com dois filhos. Hoje com 45 pede para que o caso seja esquecido e que a imprensa pare de urubuzar. Ela diz que a insistência para que Polanski vá á um tribunal americano é uma "piada cruel".

Fica aqui a impressão de que é um simples revangismo do Povo dos EUA x Roman Polanski. Polanski é perseguido hoje pelo mesmo país gerador de psicopatas como Charles Manson que, em 1969 entrou na casa da esposa de Polanski, Sharon Tate (que estava grávida de 8 meses) e a assassinou brutalmente.

A justiça pede que o mesmo tratamento dado à Manson seja dado à Polanski. É justo?

Ps: Uma das grandes emoções da minha vida como admirador de cinema: Visitar a Academia de Cinema de Lodz, onde o figura estudou


segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E La Nave Va...



Bom, depois de tanto tempo parado aqui, quase que pode-se usar o título da obra de Fellini para o nosso blog. (Nosso?)
Mas não, vamos manter isso aqui vivo e aceso!
Bom, vamos então falar um pouco (e sem muita propriedade, pois só vi o filme uma vez) de E La Nave Va...
O filme começa com uma cena bonita, onde Fellini homenageia o cinema antigo usando imagens sépia e legendas para indicar o cinema mudo. Quand oa tripulação sobe no navio, o filme começa.
Logo de início descobrimos que a viagem se trata de um funeral. Amigos de uma cantora falecida vão levar suas cinzas até uma ilha, como foi seu último desejo.
Aos poucos, vamos conhecendo os personagens diante da visão do narrador, o jornalista Orlando. O jornalista (muito bem interpretado por Freddie Jones) vai apresentando os personagens conforme seu julgamento, e então somos expostos aos mais excêntricos tipos que são comuns nas obras de Fellini. Temos desde um tenor que disputa atenção com outro tenor, um ex-amante da cantora, um comediante homossexual e um velinho pederasta (ah, é sim! é pederasta sim!), um lorde inglês que é chifrado pela esposa com toda a tripulação do navio, mas não perde a pose e até o grão-duque de um país (não ficou bem claro se era da Áustria ou da Hungria). Até mesmo um rinoceronte entra nessa dança de Fellini.
Toda essa galera chiquérrima vai aproveitando a viagem até que o comandante do navio se vê obrigado a resgatar um bando de refugiados sérvios que estavam no mar, fugindo do país após o império Austro-Húngaro declarar guerra à Sérvia (dando início à Primeira guerra Mundial).
Nessa situação, toda a nata da sociedade européia (principalmente italiana), é obrigada a conviver com pessoas de uma "classe inferior". No começo, óbviamente, os passageiros do luxuoso navio esperam que providências sejam tomadas para que os refugiados sejam retirados do navio. Principalmente o pessoal que cuida da segurança do grão-duque.
No entanto, com a convivência, as pessoas começam a se acostumar com a presença dos refugiados e começam até mesmo a interagir, até que um navio da frota Austro-Hungara exige que os refugiados sejam entregues.
Por ordens superiores, o comandante do navio é obrigado a devolver os refugiados e, ao meu ver, há aí uma visão romântica de Fellini, pois as pessoas que antes repudiavam a presença dos sérvios, passam a lutar contra a prisão dos refugiados (claro que eles não pegam numa Uzi e saem atirando, mas simbolicamente).
Vale a pena ver o filme, principalmente por ser uma das grandes obras de Fellini

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Frost / Nixon


        Assisti ontem (depois de muito tempo querendo ver) o Frost / Nixon. O filme conta a história do jornalista David Frost que colocou sua bem-sucedida         carreira na linha de fogo em uma arriscada entrevista com o presidente Nixon após a renúncia.
        O filme, apesar de ser um filme político, não tem uma narrativa lenta e cansativa. Ele consegue colocar as idéias de forma mais rápida e que faz prender a atenção, como em "Todos os Homens do Presidente". E há um destaque para a atuação do Sam Rockwell, que faz o papel de um dos assistentes de David Frost.
        A impressão que fica, não no filme, mas na história, é que um caso como o do Watergate foi uma coisa tão chocante na época, e virou parâmetro para qualquer caso de corrupção, acabou se tornando uma coisa corriqueira e seria banal hoje em dia.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Woody back to NYC


New York City, NYC, pretty mean when it wants to be!
Woody Allen está de volta à New York após realizar 4 filmes na Europa. (Match Point, Scoop, O Sonho de Cassandra e Vicky Cristina Barcelona). Dessa fase européia de Allen, saíram dois filmaços (Match Point e Vicky Cristina Barcelona), um filme divertido (Scoop) e um, ao meu ver, fraco (O Sonho de Cassandra) e agora ele volta para sua cidade amada para fazer um filme com nada menos que Larry David. Whatever Works é esse novo filme que também tem no elenco a Evan Rachel Wood, que mandou muito bem em O Lutador e Across the Universe.
Não conheço muito do Larry David como ator, só vi alguns episódios do Curb Your Enthusiasm, mas o cara tem o respeito geral pelos anos de trabalha co-escrevendo junto ao Jerry Seinfeld os episódios da melhor série de TV dos EUA.
Estou muito ansioso para ver esse filme! Gosto muito do Woody Allen e tenho certeza que não vai decepcionar (na comédia ele dificilmente erra a mão)


quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Just another fucking loser!


        Acabei de ler a notícia "chocante" de que um atirador entrou em uma academia e sai atirando para qualquer lado, tentando acertar o maior número possível de pessoas. Se você, ao ler essa notícia (http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u605172.shtml) não ficou nem um pouco chocado ou estarrecido, bem-vindo ao clube! Não tem mais como ficar chocado com uma notícia dessa, pois não dá para esperar nada além disso de uma sociedade (a dos EUA, no caso) que é um celeiro de psico/sociopatas. E, não é de hoje que isso acontece. Já nos idos dos anos 70, o filme (meu segundo favorito) Taxi Driver trata desse assunto. Nesse filme, dirigido por Martin Scorsese, Robert DeNiro faz o papel de Travis Bickle. Travis é aparentamente um cidadão comum, que vive sua vida sem causar problemas a ninguém. Mas, Travis está insatisfeito com sua vida. Ele é um loser. E é nessa divisão, entre Winners (o capitão do time de futebol, a cheerleader, preppy boys, etc) e Losers (nerds, fracos, ruins nos esportes, zuados na escola) em que há um cenário para a criação de pequenas mentes psicóticas nos USA. A pressão para vc ser um dos winners é tão grande, que acaba sendo levada à extremos (e aumenta vendas do Augusto Cury...há!).  Nessa de passar a vida escolar como um nerd, zuado na escola e sem moral, o fulano decide que é preciso fazer algo signigficativo. Junte isso à uma sociedade que cresceu e se desenvolveu na base da violência, e vc tem crianças entrando e matando colegas pelo simples prazer de matar, que atiram em presidentes, em líderes políticos, etc.

        No filme, quando Travis decide que é preciso fazer algo significativo para sua vida (após perceber que tem uma vida de merda e ser rejeitado pela mulher que gosta) ele decide matar um candidato à presidência dos EUA. Esse filme é altamente indicado não só pelo tema, pois o filme em si é uma obra-prima. Desde a trilha sonora de Bernard Herrmann que dá um toque especial daquele Jazz enquanto Travis anda com seu taxi pela cidade, até (e principalmente) pela atuação de DeNiro, uma das melhores dele!
(You talkin to me? You talkin to me? Then who the hell else you talkin to? You talkin to me? Well, I'm the only one here...)

        Além do Taxi Driver há vários outras coisas que podem ser assistidas e associar com essa necessidade da vitória dos americanos. Como por exemplo Rocky (que eu gosto muito) ou o A Procura da Felicidade.

        Ah! Fica mais algumas dicas de filmes sobre o tema de crianças sociopatas:
        Tiros em Columbine (Bowling for Columbine - Michael Moore - 2002)
        Elefante (Elephant - Gus Van Sant - 2003)


segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Acho que os italianos...

...já nascem sabendo interpretar. Além dos dois maiores atores de Hollywood (Pacino e DeNiro) serem ítalo-americanos, é impossível ver um filme Italiano e não se impressionar com pelo menos um ator.
Essa semana vi dois filmes italianos com atuações que devem ser comentadas. Primeiro vi: Ladrões de Bicicleta de Vittorio de Sica (Ladri di Biciclette - 1948. Nesse filme o que me chamou a atenção foi a atuação do menino (na época) Bruno, interpretado por Enzo Staiola. Sem dúvida uma das maiores atuações infantis da história.



E depois vi (pela centésima vez) A Estrada da Vida, de Fellini (La Strada - 1954). Esse filme além de ter o mestre Anthony Quinn, conta com uma performance perfeita, impecável, memorável de Giulietta Masina. No filme, a atriz interpreta Gelsomina, uma personagem inocente a tal ponto, que fica difícil saber se ela é uma mulher ou uma criança. Giulietta consegue levar a personagem da felicidade à tristeza na mesma cena. Esse filme, mesmo quem não gosta (se é que isso é possível), deve ser visto pelo menos pela performance da atriz.


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Dica de cinema para esse fim de semana


Inimigos Públicos é o novo filme do diretor Michael Mann, que tem no elenco nada menos que Johnny Depp e Christian Bale.
Johnny Depp está muito bem (como sempre) no papel de John Dillinger, um ladrão de banco dos EUA da década de 30.
Já Christian Bale está no papel de "caçador", interpretando o agente do FBI Melvin Purvis.
Assim como em Fogo Contra Fogo, Michael Mann faz um embate entre o bem e o mal com dois personagens carismáticos (e também usando dois grandes atores. Em Fogo Contra Fogo o duelo é DeNiro x Pacino. Só isso) e esses personagens se cruzam durante vários momentos do filme e ambos se respeitam, como quem respeita um grande adversário. Além disso, acho que poucos diretores sabem filmar um bom tiroteio como o Michael Mann.
Se eu estivesse escrevendo no Notícias Populares, eu diria:
"Tiros, explosões, sangue e persiguição. Filmaço"
Pode ir assistir sem medo.
Inimigos Públicos: Nota 8



quinta-feira, 23 de julho de 2009

Revolutionary Road


        Nesse fim de semana assisti o filme "Foi Apenas um Sonho" do Sam Mendes (mesmo diretor de Beleza Americana). Eu acho realmente demais como o Sam Mendes tem uma facilidade para abordar o tema da vida medíocre da classe mérdia dos EUA (ou de qualquer lugar do mundo. Não é difícil reconhecer ou se identificar com o que está acontecendo no filme) como ele fez em Beleza Americana e agora com o Revolutionary Road (Que é um título bem melhor. Porra, "Foi Apenas um Sonho" meio que conta o final do filme, hein?)
        O filme conta a história de um casal, protagonizado pelos Titaniqueiros Leonardo DiCaprio e Kate Winslet, que apararentemente são pessoas "diferenciadas", que conseguem reconhecer a mediocridade da sociedade americana e se vêem diferente disso. Ela é atriz, e ele é um cara que não sabe muito bem o que quer da vida e no qual ela acredita ter um grande potencial.
        Em um corte abrupto, o diretor leva a história do encontro do casal diretamente para a vida de casado, já com filhos e vivendo a vida que eles temiam. Ele trabalhando em um emprego de escritório, ela em casa com os filhos e tudo isso cercado em um mundinho perfeito de um subúrbio dos EUA. Uma hora, a personagem de Kate Winslet (que está sensacional no filme, diga-se de passagem) decide que aquela não era a vida planejada e que o certo seria deixar aquilo tudo para trás e mudar para Paris (emblemático, não?). Seu marido aceita a propsota quando ela diz que ela trabalharia como secretária em uma agência internacional e manteria a casa enquanto ele teria tempo para pensar e se dedicar no que realmente gosta. (Como eu disse, ela acreditava que ele tinha um potencial).
        Essa decisão deles choca todos que estão a sua volta, exceto um personagem que supostamente seria "louco" e entende que aquilo que eles estão fazendo está certo. Deixar para trás a mediocridade e a hipocrisia em que viviam. Hipocrisia essa representada por um casal de "amigos", que ao saberem da notícia ficam com tanta inveja que a mulher chega a chorar.
        No entanto, o "sonho" deles acaba quando Frank (Leonardo DiCaprio, que não consegue me convencer como ator) recebe uma promoção no emprego e começa a pensar que talvez aquela vidinha que ele tinha alí já era suficiente. Tinha seu carro, sua bela esposa, seus filhos, sua casinha nos subúrbios, sua amante para comer a qualquer hora...Ao contrário do que sua esposa pensava, ele não era uma pessoa que iria deixar essa vida confortável material por uma vida onde iria se satisfazer intelectualmente, mas de situação financeira duvidosa. Ou seja, "Foi Apenas um Sonho" (Putz, que péssimo título em português!!!)
        Enfim, Revolutionary Road é ALTAMENTE recomendado....e, para quem não viu Beleza Americana, fica a dica também!

PS1:
Ah! Só algumas considerações sobre as atuações:
Kate Winslet: Linda, ótima atriz, merecedora do Oscar (que ela ganhou por O Leitor, e não por esse)
Leonardo DiCaprio: Melhorou muito ao longo do anos, é claro...mas falta alguma coisa (Será implicância pessoal?)

PS2:
Fui entregar o filme e a menina da locadora perguntou se eu tinha gostado do filme.
Eu disse "Claro! Adorei...muito bom o filme!"
E ela me disse que eu fui a primeira pessoa que alugou e que gostou do filme. Que todo mundo devolvia falando mal. hahahaha
Eu queria acreditar que as pessoas não gostaram pq analisaram e discordaram do filme....mas infelizmente não é isso, e é sobre isso que o filme fala.

terça-feira, 21 de julho de 2009

15 filmes em atraso


Caceta, como eu consegui acumular filmes para ver! Estou com 15 filmes atrasados para ver....preciso 'tirar esse atraso' logo!

Zé do Caixão:
Delírios de um Anormal
Finis Homini
O Estranho Mundo do Zé do Caixão

Coleção Sabata:
Sabata, O Justiceiro
Adiós, Sabata
O Retorno de Sabata

Polanski:
Repulsa Ao Sexo

Fellini:
Otto Mezzo

Cohen Brothers:
Fargo

Akira Kurosawa:
Os Sete Samurais

David Lynch:
Veludo Azul

Vittoria de Sica:
Ladrões de Bicicleta

E de quebra:
Entre os Muros da Escola
My Fair Lady.


sábado, 18 de julho de 2009

Voando com a Donzela



Ontem chegou meu DVD do Flight 666, documentário que mostra a turnê Somewhere Back In Tour do Iron Maiden.
O filme foi dirigido por Sam Dunn, que já havia feito dois documentários sobre o metal, com destaque para "Global Metal", onde o diretor mostra as variações do metal passando por lugares onde não esperamos encontrar um público que ouça Iron Maiden ou Slayer.
Mas, voltando ao Flight 666, o filme começa mostrando a ousadia da banda, em fazer uma turnês com seu próprio avião e tocando em lugares pouco comuns, como India, Colômbia, Costa Rica, etc...lugares que só foram possívei de visitar graças a idéia da banda de levar banda + crew + equipamentos todos no mesmo avião, o Ed Force 1 (que é pilotado pelo próprio Bruce Dickinson).
São 45 dias no ar com a maior banda de metal de todos os tempos. O primeiro show da turnê, em Mumbai, Índia, é também o primeiro show de uma grande banda de metal no país. O público indiano aguardava ansioso pela chegada da donzela e a banda foi recebida com uma festa enorme. Festa que se repetiu em todos os outros lugares por onde a tour passou. Depois do show na India, a banda passa por Australia, Japão, Eua, Canada, Costa Rica, Colômbia e, é claro, o Brasil. No show em São Paulo a banda tocou no estádio do CAMPEÃO DO SÉCULO (a.k.a S.E. Palmeiras).
O mais impressionante, mais do que ver a disposição de uma banda que seus integrantes não tem nenhum com menos de 50 anos, é ver como em qualquer lugar que o Maiden passa consegue lotar um show. Seja um ginásio para 5 mil pessoas ou até um estádio para 60 mil pessoas. Mas pq isso é tão importante? Pq o Maiden é uma banda que consegue isso sem apoio da mídia. Sem grande publicidade. Quando o Maiden anuncia um show no Brasil, por exemplo, a mídia não fica te bombardeando meses antes como se aquela fosse a maior banda do mundo (como é o caso do U2). Então, o Maiden consegue lotar os seus show com fãs de verdade, que vão lá e sabem cantar todas as músicas. Que realmente se identificam com a banda. Não com pessoas que estão lá graças ao enorme anúncio que fizeram. Que estão lá pra falar

"Cara, fui no show do U2....nossa! Era meu Sonho!!!"
"Sério??? qual seu disco favorito do U2???"
"Ah! gosto de uma coletânea que tem lá em casa....que tem aquela (a pessoa começa a cantar horrivelmente) "Uivi or uidautiuuuuuu"

(Ah! Nada contra o U2...de verdade. Até gosto deles, mas é só para dar o exemplo da diferença entra públicos)

E como o Maiden consegue fazer com que depois de muitos anos seus shows continuem lotados? Simples. Além de manter a qualidade no som, o Iron Maiden é uma banda que tem algo que poucas bandas tem: Respeito com o público e profissionalismo.
Nunca vi uma banda que sabe respeitar tanto seu público como o Maiden. Você vai ao show da Donzela e sabe que nenhum integrante vai deixar de tocar pq ficou bebâdo na hroa do show. Não vai ouvir o Bruce falando "Obrigado, Bogotá!!!" enquanto ele estiver em Caracas.
Esse respeito e profissionalismo da banda garante a quem vai a um show do Maiden que o seu dinheiro foi bem pago. (Claro que as vezes a organização peca, como foi no último show em São Paulo, em Interlagos...Onde foi uma lamaçal satânico após um dia todo de chuva)

Flight 666 é pra ouvir com som no talo e bangeando.



UP THE FUCKING IRONS!!!!!!!!!!

quinta-feira, 16 de julho de 2009

1969: Uma odisséia no espaço

No dia 16 de julho de 1969 o mundo assistia, espantado, a missão americana Apollo 11 chegando à lua. Pois é, foi há 40 anos r. 40 anos da farsa americana em resposta à missão russa de que enviou em 1961 o astronauta Yuri Gagarin ao espaço, e proferiu a famosa fase "A Terra é azul, mas não há Deus..." (Geralmente cortada somente para "A terra é azul"). Agora, você pergunta: Pq "farsa"?
E eu te respondo:
1 - Primeiro pq eu quero ser polêmico...hehehe
2 - Pq, óbviamente, existem teorias conspiratórias que "comprovam" que o homem não foi à lua coisíssima nenhuma. Você pode encontrá-las aqui: http://www.afraudedoseculo.com.br/
Eu, como adoro uma conspiração, gosto de duvidar dessa idéia do homem ter ido à lua. Parece uma simples resposta política ao progresso tecnológico atingido pela URRS. Mas, como não sou especialista no assunto, não vou defender aqui com unhas e dentes. Leia o site e tirem suas conclusões (e depois leiam um rebatendo as "comprovações" do site, afinal, vc não tira conclusão vendo um só lado) Uma das conspirações que giram em torno dessa história é que a "ida" do homem à lua, teria sido um filme dirigido por nada menos que o maior diretor de todos os tempos: Stanley Kubrick.
Diz a lenda que Kubrick teria sido convocado para fazer o filme após o sucesso do seu maior clássico, que fora lançado um ano antes: 2001: Uma Odisséia no Espaço. Kubrick, puto da vida por ter sido obrigado (segundo a lenda, ameaçaram sua família e etc) teria deixado várias "pistas" provando a farsa do filme. E depois disso, teria ido à Inglaterra, onde morou o resto da sua vida. Isso é um erro na teoria conspiratória, pois quando fez Lolita, Kubrick já morava na Inglaterra. Mas, vamos falar do filme 2001. Esse sim é realmente importante...bem mais que a suposta ida à lua. Pensa bem....o homem foi a lua, e dái? Há! Antes de falar do 2001, o próprio Kubrick brinca com isso no seu filme posterior: Laranja Mecânica. Na cena em que Alex e seus Droogs estão espancando um mendigo, há um diálogo que é mais ou menos assim:

- Vá em frente! Me matem! Eu não quero mais viver nesse mundo podre!
- Oh...e o que é tão podre no mundo? (Aí o velho fala algumas coisas e...)
- Homem na lua? Com tantos problemas que temos aqui na terra!

Então. O 2001...bem. O que dizer? É um filme perfeito. Da primeira à última cena. Simplesmente.
O filme mostra a evolução da espécie humana, e para isso, Kubrick nos leva há milhões de anos atrás e mostra nossos tatatatatatatatatatatata(x39002930299003920)ravós descobrindo que, com um pedaço de osso, ele teria uma arma que o faria dominar os outros animais. Que lhe dava poder. Que lhe dava força! Vai homem!!!!
Aí eles matam as pobres capivaras e se deliciam com aquela carne suculenta (e graças a isso, temos um cérebro desenvolvido. Que bom que alguém teve a idéia de comer carne, né?)
Kubrick então salta uma eternidade e, genialmente, liga a cena de um osso caindo à cena de uma nave. Com a valsa de Strauss (aquela famosa tana na na na. Pam pam! pam pam!) mostra as poderosas ferramentes que os tatatatatatatatatatatata(x39002930299003920)netos daqueles macacos deselvolveram.
Umas das primeiras cenas, Kubrick mostra um astronauta dormindo. Sua caneta (sua ferramenta) flutua livremente pelo ar. O homem, no espaço, perde o controle de suas ferramentas. Perde o controle daquilo que demorou tanto para desenvolver aqui na terra. O homem, no espaço, é um primata. Assim como os aqueles nossos tatata....os macacos lá.
Na mesma cena, uma mulher vem andando em direção à esse astronauta. Seu andar é desengonçado.
No espaço, nem andar o homem sabe. Voltamos a ser primatas.
No decorrer do filme, uma missão é mandada para júpiter (se não me engano) em uma nave que é controlada por um super-computador, o glorioso e infâme HAL 9000. (HAL = as letras anteriores à IBM). HAL começa a ficar egocêntrico e ver os humanos da missão como um empecilho para que ele possa realizar a missão para qual foi construído e decide então se livrar dos astronautas. Contudo, HAL não contava com a audácia e versatilidade dos velhos macacos....e nisso vai o filme. Que é uma grande questão filosófica sobre o que somos e onde queremos chegar.
Ah! tem o monolito também....mas isso é outra história e cada um tem sua teoria sobre ele. Assista o filme e tire a sua!

Acho esse diálogo sensacional:
Dave Bowman: Hello, HAL. Do you read me, HAL?
HAL: Affirmative, Dave. I read you.
Dave Bowman: Open the pod bay doors, HAL.
HAL: I'm sorry, Dave. I'm afraid I can't do that.
Dave Bowman: What's the problem?
HAL: I think you know what the problem is just as well as I do.
Dave Bowman: What are you talking about, HAL?
HAL: This mission is too important for me to allow you to jeopardize it.
Dave Bowman: I don't know what you're talking about, HAL.
HAL: I know that you and Frank were planning to disconnect me, and I'm afraid that's something I cannot allow to happen.
Dave Bowman: Where the hell'd you get that idea, HAL?
HAL: Dave, although you took very thorough precautions in the pod against my hearing you, I could see your lips move.
Dave Bowman: Alright, HAL. I'll go in through the emergency airlock.
HAL: Without your space helmet, Dave, you're going to find that rather difficult.
Dave Bowman: HAL, I won't argue with you anymore. Open the doors.
HAL: Dave, this conversation can serve no purpose anymore. Goodbye

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ingmar Bergman - 14 de julho / 30 de julho


Esse post está 1 dia atrasado. Deveria ter sido postado ontem, dia 14 de julho, pois nesse dia o diretor sueco Ingmar Bergman estaria completando 91
anos caso estivesse vivo. O diretor morreu em 2007, aos 89 anos, após
completar uma respeitável filmografia de mais de 50 filmes.
Infelizmente eu conheci o trabalho dele há pouco tempo, e ainda não tive
oportunidade de ver muitos de seus filmes (afinal, não é fácil encontrar um
filme dele por aí por 12,90...e também pq os dvds lançados estão em
coleções caras para caralho de preços poucos acessíveis). Mas, tive uma
feliz oportunidade de assistir no cinema um dos filmes que está alí na
minha listinha de filmes favoritos: O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet -
1957) .
O HSBC fez algumas sessões especiais do diretor no ano passado, e ver O
Sétimo Selo na telona foi pura emoção. Provavelmente role alguma coisa esse
mês, já que julho é não só o mês de nascimento, mas também o da morte de
Bergman.
A trama do Sétimo Selo começa quando um cavaleiro da era medieval recebe
uma visita da morte, avisando-lhe que sua hora havia chegado. O cavaleiro,
sentindo que ainda não estava pronto para ir, pede mais um tempo para morte
e para isso, a desafia para uma partida de xadrez. Durante essa partida de
Xadrez, o cavaleiro busca respostas sobre a vida e a morte. Sobre sua
existência e sobre a existência de Deus.
É realmente bonita a forma que Bergman coloca essa questão de vida x fé x
morte. O homem que passou pela transição do período medieval para a idade
moderna, se viu de uma situação onde tinha a Igreja como detentora de todo
conhecimento, que começa a ser questionado com quebra de dogmas,
protestantismos, aquela coisa toda. Aí o homem comum se via em uma situação
onde fala "E agora?". Todas suas crenças colocadas a prova e todas suas
certezas já não eram tão certas.
Ah! Isso me lembrou uma música do Iron Maiden....! Ok, não vou colocar a
música toda aqui (se bem que eu queria), mas essa parte resume bem esse
questionamento entre vida x morte x fé:

"Tears flow, but why am I crying? After all, I'm not afraid of
dying...don't I believe that there never is an end?" (Lágrimas correm, mas
pq eu estou chorando? Afinal, eu não tenho medo de morrer....eu não
acredito na vida eterna?) - Hallowed Be Thy Name


Enfim....gosto muito desse tema, e junto à perfeição do filme, fizeram com
que ele entrasse na minha lista.

Outro filme do Bergman que também vale a pena ser comentado é
Persona....mas vou deixar pra escrever sobre esse outro dia

Harry Potter - Enigma do principe alguma coisa...

Acabei de chegar do cinema e estava aqui pensando...posto ou não posto...mas como o Vitor já colocou um video da Scarlett Johanson...posso falar sobre o que eu quiser aqui.
Graças a um amigo fui ver a premiere da premiere de Harry Potter - ainda bem que não tive que sentar do lado daquelas criancinhas, ou não tão criancinhas assim, vestidas de HP.
Olha, vou falar que fiquei surpresa...o filme é bem melhor do que imaginava. Parece que trocaram de diretor para mostrar a fase mais adulta dos personagens. E foi uma boa coisa, o filme ficou mais interessante, escuro e tenso.
Lóooogico que tem aqueles momentos totalmente mela-cueca, mas o filme cumpre muito bem o papel de entreter.



segunda-feira, 13 de julho de 2009

Dia do Róqui!


Hoje, 13 de julho, é dia mundial do Rock! Hell yeah, rock n' roll!
Cinema e Rock é uma combinação que dá certo....quase sempre! Então, vamos aqui colocar alguns filmes que deram certo com essa combinação e outros que são pura tristeza.
Ah! Mas primeiro....você sabe o porquê de 13/07 ser Dia Mundial do Rock?
No dia 13/07/85, o cantor Bob Geldof organizou o Live Aid, que reuniu bandas como U2, Queen, The Who, Sir. Paul McCartney e etc....O festival teve como alvo ajudar famílias famintas na África e foi transmitido para o mundo todo.
Falando em Bob Geldof, isso nos leva ao nosso primeiro filme:

1 - The Wall - Opera-Rock do Pink Floyd, em que Bob Geldof interpreta o cantor/ditador Pink. Filme dirigido por Alan Parker (Mississippi em Chamas / A Vida de David Gale). Mesmo para quem não gosta muito do Pink Floyd, continua sendo um filmaço.

2 - Quase Famosos - Meu favorito. Na minha opinião, o filme que melhor mostra a combinação Rock+Cinema. O filme conta a história de William Miller, um garoto de 15 anos que sai em turnê com a banda Stillwater. O filme é na verdade autobiográfico. O diretor Cameron Crowe passou por uma experiência semelhante à do protagonista, saindo em turnê com bandas como Led Zeppelin e escrevendo para a revista Rolling Stone.

3 - The Wonders - Comédia divertida, que mostra a história de uma banda aspirante ao sucesso que consegue emplacar um hit e fica conhecida somente por essa música. Aposto que você já saiu cantando That Thing You Do por aí, pois realmente é uma música grudenta.

4 - Across the Universe - Musical ambientado nos anos 60/70 - Vietnã, drogas, amor livre...aquela putaria toda e tudo embalado por músicas dos Beatles. O filme é perfeito...assistir Across the Universe é como ouvir seu disco favorito, é um filme que você pode assistir 300 vezes e não fica cansativo.

5 - Escola de Rock - Bom, é um filme bobo...sim. Mas é legal pra caramba, e eu gosto muito do Jack Black, tenho que admitir...

6 - Alta Fidelidade - Não é exatamente um filme Rock n' Roll, mas não fica longe disso. Tem na trilha sonora nada menos que Elvis Costello e Bruce Springsteen (que faz uma pontinha no filme)

7 - Airheas - Eu vi esse filme umas duas vezes, e as duas em alguma sessão do Intercine de madrugada. É hilário...uma banda amadora (formada por Adam Sandler, Brendan Fraser e Steve Buscemi) que invade uma rádio e faz os funcionários de refém para que sua fita demo seja tocada.

8 - Johnny & June - (Ou Walk The Line, que é um título bem melhor). História do Johnny Cash, que está muito bem interpretado pelo Joaquim Phoenix. O interessante é que o Joaquim Phoenix cantou no filme e não decepcionou....e não decepcionar tentando cantar igual o velho Cash é difícil!

9 - Tommy - Opera Rock do The Who que conta a história di menino surdo/cego/mudo que vira campeão do Pinball. E disso vira um novo messias. Simplesmente fodástico. Esse filme destrói tudo.

10 - Quadrophenia - Mais The Who. A história dos Mods x Rockers...em que um jovem dedica sua vida a ser um Mod e no final descobre que é o único do seu grupo que foi fiel ao "movimento".

Bom, existe mais um monte de filmes que eu colocaria aqui entre os bons, como: Yellow Submarine, A Hard Day's Night, The Doors, Imagine, etc...

Mas agora, vamos aos filmes que eu não recomendo:

- 1 - Chapter 23 - O filme sobre a vida de Marck Chapman, assassino de John Lennon não chega a ser ruim, mas também não chega a ser bom. Apesar do esforço do Jared Leto para o papel, a escolha não parece ter sido boa. Ok que o rapaz engordou 30 kg para fazer o personagem, mas simplesmente não ficou bom...e além disso o filme não se desenvolve bem...sei lá, falta alguma coisa

- 2 - Last Days - Eu gosto muito dos filmes dos Gus Van Sant, mas esse é intratável...e não é pelo ritmo lento, quase parando do filme, não. Eu até concordo que para retratar a morbidez dos últimos dias do Kurt Cobain, o filme tem um ritmo ideal, mas o filme chega a ficar chato e enfadonho. Até vale a pena dar uma conferida....e ver o final, se você estiver acordado

- 3 - Rockstar - Esse sim eu totalmente recomendo não assistir. É pura vergonha alheia. O filme mostra a trajetória de uma banda de Hard Rock farofa, o que já é horrível (bandas como Poison, Motley Crue, etc) e tem nada menos que nosso amigo Marky Mark Whalberg como protagonista. Nada com o Mark Whalberg no papel principal pode ser bom.

Bom, esses são alguns filmes que indico (ou não) para comemorar essa segunda-feira de dia do Roque.

sábado, 11 de julho de 2009

Reunindo forças...

...para terminar de assistir Dr. Jivago.

Lá vou eu!!!

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Adeus, mito...




Esse blog começou alguns dias após a morte de Michael Jackson. Então eu pensei que não fazia sentido escrever sobre algo que todo mundo estava escrevendo. Mas, acompanhando hoje o Showneral, decidi escrever aqui como um adeus ao "rei do pop".
Primeiro, seria hipocrisia minha falar que sou um fã incondicional do Jacko e etc. Não sou. Mas respeito muito o trabalho dele. O cara foi simplesmente genial no que fez e, independente da sua vida pessoal, seu legado musical se eternizou e isso é o que importa para um grande artista.
Cinematograficamente, poderíamos falar sobre o Moonwalker (filme de 1988 estrelado por Michael ), mas eu lembro muito pouco desse filme, pois vi quando era criança. Minha maior lembrança do Moonwalker é, na verdade, o jogo do Mega Drive do filme (que tocava Smooth Criminal sem parar de trilha sonora. Sensacional)
Agora, o que vale a pena ser dito cinematograficamente sobre o Michael são seus videoclips. O cara não era nada bobo na hora de escolher com quem trabalhar nos videoclips e por esse motivo sempre mandava coisa boa.
Lembrando só de alguns nomes do cinema com quem Michael trabalhou nos seus clips.
1 - Thriller - Dirigido por John Landis (de Blues Brothers), o clip tem um enredo, coisa incomum para videoclips da época. Além de contar com vídeo e música sensacionais, há no final a maléfica risada de ninguém menos que Vicente Price
2 - Black Or White - Também dirigido por John Landis. Quem não se lembra da cena do Macaulay Culkin mandando seu pai pro quinto dos infernos com um "tchaaaaannnn" na guitarra? E a cena em que várias etnias são mostradas, mudando o rosto de várias pessoas. Puta video!
3 - You Rock My World - Esse video é da tentativa da volta do Jacko ao sucesso, já em 2001 (se não me engano). Tem no elenco Chris Rock e Michael Madsen e uma breve aparição (já suficiente para fazer qualquer fã de cinema feliz) de Marlon Brando.
4 - They Don't Care About Us - Filmado no Brazil e dirigido por Mr. Spike Lee, que negociou diretamente com traficantes das favelas do Rio para realizar as gravações. Vai falar que você não viu esse clip no fantástico??? "Michael, eles não ligam pra nóis!!!" hahaha
5 - Bad - Meu favorito e dirigido por um dos meus diretores favoritos: Martin Scorsese.

Saquem o vídeo:


RUSBÉ????? (Who's bad?)

terça-feira, 7 de julho de 2009

Sob a Névoa do Arrependimento


Faleceu ontem o Sr. Robert McNamara. Um senhorzinho de 93 anos que tinha muita história para contar. Esse homem já foi um dos homens mais poderosos do mundo. Teve cargos "pouco" importantes como secretário de defesa dos EUA de 61 - 68 (nada menos que o período da Guerra do Vietnã) e foi presidente do Banco Mundial de 68 - 81.
O que ele tem a ver com nosso blog? Assistam o documentário "Sob a Névoa da Guerra" ( The Fog of War: Eleven Lessons from the Life of Robert S. McNamara).
O documentário é, ao meu ver, quase que um pedido de desculpas de um velinho arrependido pela conduta levada na política dos EUA durante a Guerra do Vietnã. Arrependimento talvez por ter aceito tal cargo, que implicaria no segundo cargo mais importante do sempre beligerante EUA, respondendo apenas ao presidente. Porém, fica claro durante as 20hrs de conversa, que ele não deixa de ter na cabeça que fez o que deveria ter sido feito. É quase como "Pô galera, foi mal...mesmo! Mas eu tava lá, e sabe como é? Tudo pelo bem da nação"  tive que fazer e tals...".

No mais, o documentário é muito bem editado e os assuntos muito bem expostos. O filme é dividido em 11 "lições" que  McNamara usa para dar seu ponto de vista da tão famigerada, discutida, cinematografada Guerra do Vietnã. A conversa entre entrevistador / entrevistado é muito franca e esse é o ponto forte do filme.
As onze lições exposta no filme:

1 - Sinta empatia pelo inimigo.
2 - Racionalidade não irá nos salvar.
3 - Existe algo superior a uma pessoa.
4 - Maximize a eficiência.
5 - Proporcionalidade deve ser uma meta da guerra.
6 - Consiga a informação.
7 - Acreditar e ver, os dois podem falhar.
8 - Esteja preparado para reanalizar seu pensamento.
9 - Para fazer o bem, você pode ter que fazer o mal.
10 - Nunca diga nunca..
11 - Você não pode mudar a natureza humana.

Portanto, o filme Sob a Névoa da Guerra é recomendadíssimo para quem tem interesse em história, política, guerras, Vietnã....etc.


Ps: O pior é concluir que as coisas poderiam ter sido diferentes.

Texto escrito por Vitor & Vivian


segunda-feira, 6 de julho de 2009

Posters com Lego

Pena que a Lego não é da Estrela, hunf...

 

 

 

 

 

Luke Potter

Já que meu outro post ficou muito sério..vai um mais sossegado


Nasce uma lenda...


No dia 6 de julho de 1946 nasceu em Nova Iorque a lenda Stallone.
Tá. Pode falar. Pode zuar.
O cara é foda, não adianta negar...ele fez Rocky, porra!!!!

Parabéns Sly!!!!!

Cinema + RI

Neste meu primeiro post achei legal falar sobre uma das maravilhas da sétitma arte, o filme Nossa Música de Jean-Luc Godard, que traduz como ninguém a dicotomia que nós internacionalistas vivemos – pelo menos estes que escrevem neste blog – o cinema + RI.
Não escolhi Godard para começar este blog apenas por ele ser um ícone hype do cinema, mas pelas questões discutidas entre o Céu e o Inferno.
Quanto ao cinema, ele reconhece as limitações da imagem, mas que busca ir além através da mensagem. – Em relação a ver, diz-se aos outros: olhe lá! Quanto a imaginar, recomenda-se: feche os olhos!
Também toca num assunto exaustivamente estudado por nós nos 4 anos de facu, os Conflitos Sociais. No purgatório, ele mostra Sarajevo, na ex- Iuguslávia destruída pela Guerra Civil e uma entrevista de uma jornalista israelense com um poeta palestino.
A cereja do bolo é o Inferno com suas imagens distorcidas, por mais horrendo isso possa parecer já que se tratam de imagens de guerra.
Bom, quem já assistiu me conte o que achou. Ainda estou digerindo tanta informação!!

POST INAUGURAL

OK, ESSE ERA PRA SER SUPOSTAMENTE O POST INAUGURAL. NÃO É, JÁ QUE EU SOU APRESSÃO E ESCREVI DUAS VEZES ANTES DA MINHA COMPARSA. ENTÃO, POR FAVOR, CONSIDEREM ESSE COMO O POST INAUGURAL, RIGHT?
ELE SERÁ ESCRITO À QUATRO MÃOS (ATÉ PQ NÓS ESTAMOS DIGITANDO).
Começamos esse blog após perceber que quase toda nossa conversa terminava com um comentário em algum filme. Percebendo essa paixão em comum, decidimos que escrever e comaprtilhar idéias sobre esse assunto seria realmente legal e a melhor forma de fazer isso é mesmo em um blog.
Eu, Vitor, me lembro quando comecei a gostar de cinema. Foi assistindo Forrest Gump (que sim, ainda é um dos meus filmes favoritos). Foi uma grande transição para mim...passei de desenhos da Disney para um filme com uma história, legendado (sim, um filme legendado!!!)...foi marcante. Lembro das noites e noites assistindo clássicos no Intercine e a paixão pela sétima arte foi inevitável. E, como tudo que você gosta, quer saber mais e mais sobre o assunto e consegue sair do mundo EUA como cinema, descobre que há cinema também na Europa, na Ásia e até mesmo no Brasil! haha
Então, esse é o real motivo de eu estar aqui hoje escrevendo sobre o assunto.
Passo a palavra para minha companheira de blog. you go, Vivi.

Demorei mais cheguei!

Pois é Vi, o que começa como um passa-tempo qualquer acaba virando parte da nossa vida. O primeiro filme que eu vi inteiro foi Vingador do Futuro quando eu tinha uns 4 anos – um pouco inapropriado para minha idade, né – mas tudo tem que começar em algum lugar...hehehe...Fui apaixonada por Titanic (melhor ainda, pelo Leonardo DiCaprio) quando eu era adolescente, mas graças a deus, meu gosto por cinema foi melhorando com o passar dos anos. E como você bem disse, com o passar do tempo, você percebe de que há filmes ótimos em outras partes do globo.

Então, te convidamos a abrir uma cerveja e sentar nesta mesa para batermos um papo sobre aquilo que nos tira da rotina e a vida ficar mais bonita: o Cinema.

sábado, 4 de julho de 2009

Um breve post para admiração:



Juro que eu poderia ficar vendo isso um dia inteiro.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

La marseillaise, quando cantada por várias pessoas, me emociona...haha

É sério. Todo mundo acha idiota quando eu falo isso, mas toda vez que eu ouço o hino da França cantado em algum filme, por várias pessoas, fico emocionado. Acho que não deve existir um hino mais bonito do que o Francês....não, provavelmente não.
Aí você pode estar se perguntando:
"Mas que raios de filme em que isso acontece?"
Bom, tem a memorável cena de Casablanca (para mim é de longe a melhor cena do filme. Melhor que o final do avião, melhor que quando toca "As time goes by" e etc) em que os alemães tão cantando no bar e os franceses puxam o hino, cantando com lágrimas nos olhos.
Porra, cena linda demais:



Outro é o Fuga para Vitóra. Sim, o famigerado "filme do Pelé" que o Chaves queria ver. Todo mundo tira um sarro desse filme ao ver o elenco que conta com nada menos que Stallone, Pelé e Michael Caine.
Bom, eu particularmente gosto do Stallone só pelo Rocky. Um cara que fez Rocky pra mim pode fazer a merda que for depois que ainda tá valendo. Mas o que pode ter de errado que um filme que além de ter La Marseillaise cantada por várias pessoas ainda tem o Stallone como goleiro de um time de futebol e o Pelé falando inglês???

"Ai du dis, dis, dis and gol! izi!" - (I do this, this, this and goal, easy!, em tradução livre)

Sério, assistam esse filme:


Se alguém souber de algum outro em que o Hino francês é cantado em coro, me avise!





segunda-feira, 29 de junho de 2009

Punk, Hardcore, Metal, "Traidor"...tem de tudo na história do RDP!

Esse sábado aproveitei a edição do In-Edit Brasil 2009 para assistir (finalmente) o documentário Guidable - A Verdadeira História do Ratos de Porão.
O documentário não deixa nada a desejar para quem gosta da banda e vai assistir com o intuíto de saber curiosidades dos bastitores do RDP (brigas, mudanças na formação, etc) e para dar risada dos depoimentos dos inegrantes da banda (principalmente do Jão)
A produtora do filme, Blackvomit Filmes, realizou um ótimo trabalho de pesquisa, pois o filme cobre não somente a história do RDP, mas também o começo da cena Punk no Brasil (e principalmente em São Paulo). Com isso, conta com depoimentos de pessoas importantíssimas do movimento no Brasil, como Clemente (Inocentes), Rédson (Cólera), Fabio (Olho Seco) e por aí vai. E claro, sem deixar de lado a parte Metal do RDP (que, óbviamente, é a minha favorita) na época de discos como o Anarkophobia. Entrevistas com Igg(ggggggggg)or Cavalera, Pompeu (Korzus) e o arroz de festa Andreas Kisser.
É legal acompanhar a trajetória do Ratos de uma banda feita por moleques de perifería, com uma bateria de lata de lixo, passando pelas primeiras turnês na Europa regadas a cocaína até chegar hoje a fase "tiozão", mas ainda fazendo um som de respeito (vide o albúm Homem Inimigo do Homem)
Filme altamente recomendado para quem gosta e até quem não gosta do Ratos de Porão, e espero que saia em DVD em breve!