quarta-feira, 15 de julho de 2009

Ingmar Bergman - 14 de julho / 30 de julho


Esse post está 1 dia atrasado. Deveria ter sido postado ontem, dia 14 de julho, pois nesse dia o diretor sueco Ingmar Bergman estaria completando 91
anos caso estivesse vivo. O diretor morreu em 2007, aos 89 anos, após
completar uma respeitável filmografia de mais de 50 filmes.
Infelizmente eu conheci o trabalho dele há pouco tempo, e ainda não tive
oportunidade de ver muitos de seus filmes (afinal, não é fácil encontrar um
filme dele por aí por 12,90...e também pq os dvds lançados estão em
coleções caras para caralho de preços poucos acessíveis). Mas, tive uma
feliz oportunidade de assistir no cinema um dos filmes que está alí na
minha listinha de filmes favoritos: O Sétimo Selo (Det sjunde inseglet -
1957) .
O HSBC fez algumas sessões especiais do diretor no ano passado, e ver O
Sétimo Selo na telona foi pura emoção. Provavelmente role alguma coisa esse
mês, já que julho é não só o mês de nascimento, mas também o da morte de
Bergman.
A trama do Sétimo Selo começa quando um cavaleiro da era medieval recebe
uma visita da morte, avisando-lhe que sua hora havia chegado. O cavaleiro,
sentindo que ainda não estava pronto para ir, pede mais um tempo para morte
e para isso, a desafia para uma partida de xadrez. Durante essa partida de
Xadrez, o cavaleiro busca respostas sobre a vida e a morte. Sobre sua
existência e sobre a existência de Deus.
É realmente bonita a forma que Bergman coloca essa questão de vida x fé x
morte. O homem que passou pela transição do período medieval para a idade
moderna, se viu de uma situação onde tinha a Igreja como detentora de todo
conhecimento, que começa a ser questionado com quebra de dogmas,
protestantismos, aquela coisa toda. Aí o homem comum se via em uma situação
onde fala "E agora?". Todas suas crenças colocadas a prova e todas suas
certezas já não eram tão certas.
Ah! Isso me lembrou uma música do Iron Maiden....! Ok, não vou colocar a
música toda aqui (se bem que eu queria), mas essa parte resume bem esse
questionamento entre vida x morte x fé:

"Tears flow, but why am I crying? After all, I'm not afraid of
dying...don't I believe that there never is an end?" (Lágrimas correm, mas
pq eu estou chorando? Afinal, eu não tenho medo de morrer....eu não
acredito na vida eterna?) - Hallowed Be Thy Name


Enfim....gosto muito desse tema, e junto à perfeição do filme, fizeram com
que ele entrasse na minha lista.

Outro filme do Bergman que também vale a pena ser comentado é
Persona....mas vou deixar pra escrever sobre esse outro dia

Um comentário:

Ana disse...

Realmente a "preços não tão acessíveis"!!!