segunda-feira, 5 de outubro de 2009

E La Nave Va...



Bom, depois de tanto tempo parado aqui, quase que pode-se usar o título da obra de Fellini para o nosso blog. (Nosso?)
Mas não, vamos manter isso aqui vivo e aceso!
Bom, vamos então falar um pouco (e sem muita propriedade, pois só vi o filme uma vez) de E La Nave Va...
O filme começa com uma cena bonita, onde Fellini homenageia o cinema antigo usando imagens sépia e legendas para indicar o cinema mudo. Quand oa tripulação sobe no navio, o filme começa.
Logo de início descobrimos que a viagem se trata de um funeral. Amigos de uma cantora falecida vão levar suas cinzas até uma ilha, como foi seu último desejo.
Aos poucos, vamos conhecendo os personagens diante da visão do narrador, o jornalista Orlando. O jornalista (muito bem interpretado por Freddie Jones) vai apresentando os personagens conforme seu julgamento, e então somos expostos aos mais excêntricos tipos que são comuns nas obras de Fellini. Temos desde um tenor que disputa atenção com outro tenor, um ex-amante da cantora, um comediante homossexual e um velinho pederasta (ah, é sim! é pederasta sim!), um lorde inglês que é chifrado pela esposa com toda a tripulação do navio, mas não perde a pose e até o grão-duque de um país (não ficou bem claro se era da Áustria ou da Hungria). Até mesmo um rinoceronte entra nessa dança de Fellini.
Toda essa galera chiquérrima vai aproveitando a viagem até que o comandante do navio se vê obrigado a resgatar um bando de refugiados sérvios que estavam no mar, fugindo do país após o império Austro-Húngaro declarar guerra à Sérvia (dando início à Primeira guerra Mundial).
Nessa situação, toda a nata da sociedade européia (principalmente italiana), é obrigada a conviver com pessoas de uma "classe inferior". No começo, óbviamente, os passageiros do luxuoso navio esperam que providências sejam tomadas para que os refugiados sejam retirados do navio. Principalmente o pessoal que cuida da segurança do grão-duque.
No entanto, com a convivência, as pessoas começam a se acostumar com a presença dos refugiados e começam até mesmo a interagir, até que um navio da frota Austro-Hungara exige que os refugiados sejam entregues.
Por ordens superiores, o comandante do navio é obrigado a devolver os refugiados e, ao meu ver, há aí uma visão romântica de Fellini, pois as pessoas que antes repudiavam a presença dos sérvios, passam a lutar contra a prisão dos refugiados (claro que eles não pegam numa Uzi e saem atirando, mas simbolicamente).
Vale a pena ver o filme, principalmente por ser uma das grandes obras de Fellini

Um comentário:

Unknown disse...

Olá, bem vindo ao nosso programa aheiuhaeiuae

Olha, te falar que o Fellini é pra pessoas mais desenvolvidas, viu... cinema italiano ainda é demais pra mim. Preciso insistir.